Felipe Rocha compõe para teatro, cinema e dança desde 1989.

Indicado ao prêmio Zilka Salaberry de teatro infantil (2009) de melhor trilha sonora, com o espetáculo "A mulher que matou os peixes... e outros bichos", dirigido por Cristina Moura.

Indicado ao Premio Shell de Teatro (2005) de melhor trilha sonora, com o espetáculo “A incrível confeitaria do Sr. Pellica”, dirigido por Pedro Brício.


Indicado ao Premio Shell de Teatro (2004) de melhor trilha sonora, com o espetáculo Ensaio.Hamlet, dirigido por Enrique Diaz.

Indicado ao Premio Shell de Teatro (2003) de melhor trilha sonora, com o espetáculo Sonhos de Einstein, da Intrépida Trupe.

Vencedor do Prêmio Rio Dança 1999 (RioArte e Prefeitura do Rio) de melhor trilha sonora, com o espetáculo NATO da Cia de Dança Dani Lima.

Indicado para o Prêmio Rio Dança 1998 (RioArte e Prefeitura do Rio) de melhor trilha sonora, com o espetáculo PITI da Cia de Dança Dani Lima.

Um dos 7 vencedores do Fest Valda (1998), participando do CD promocional do festival.

Vencedor do Prêmio Ary Barroso de melhor trilha sonora no IV Festival de Novos Talentos em teatro, promovido pelo Rio Arte. (1993)

Tem quatro discos de trilhas sonoras lançados: “Vaidade” e “Falam as partes do todo?”, espetáculos da Cia de dança Dani Lima; “Palimpsesto” da Staccatto Cia de dança; e “Sonhos de Einstein”, da Intrépida Trupe.




Material Bruto
roteiro e direção de Felipe Rocha
com a banda Brasov
músicas de Francis Lai
O Homem Objeto
direção de André Weller
música de Felipe Rocha
com a Banda Brasov
indicado ao prêmio MTV Music Awards categoria melhor Democlipe









É trompetista do grupo Brasov.











Estudou Harmonia (com Bia Paes Leme), teoria musical (curso tepem (teoria e percepção musical) na Uni-Rio - Universidade do Rio de Janeiro), piano (com Monique Aragão), trompete (com Paulo Mendonça), baixo elétrico (com Adriano Gifonni e Iury Poppoff), baixo acústico (com Dôdo Ferreira), saxofone (com Mario Séve), percussão (com Marcos Suzano e Baticum) e canto (com Angela Herz).

Brasov


Uma Noite em Tuktoyaktuk



Jornal O globo 16/2/2007 e Globo on line


“A benção Severino Araújo, a benção fanfarras romenas, a benção Ray Coniff, a benção Rei Roberto, a benção sagrado sol que queima sem arder do paraíso caribenho, a benção Shaft e todos os santos do blaxploitation, a benção chás dançantes, a benção órgão espetacular de Ed Lincoln, a benção Henri Mancini que finge ser chique sendo, a benção Erlon Chaves e as gostosas da pornochanchada, a benção Silvio Santos e suas colegas de trabalho. A benção porque todos são padroeiros de Tuktoyaktuk.


No dicionário de Tuktoyaktuk, a palavra “paródia” não existe. Em compensação, há 658 sinônimos para “humor”. Na terra de Tuktoyaktuk tem palmeiras onde cantam metais envenenados. O povo de Tuktoyaktuk é afeito a divertidas presepadas. Bateristas lançam suas baquetas para os percursionistas durante uma pausa da música, trompetistas e saxofonistas tocam com uma mão só, tecladistas solam de costas para o teclado, o show acaba no meio de uma música. Tudo em nome de algo que eles chamam de “tgrfyüil”, a forma mais elevada de humor, um termo sem tradução que engloba humor, arte, transcendência. E picles.


Sorriso no rosto, alegria, alegria, ritmo, ritmo de festa: Brasov.




Sete sujeitos de terno tocando... bem, música de baile seria uma boa definição.


- São coisas que estão longe no tempo ou no espaço - define Felipe Rocha, trompete, eventual voz e, vá lá, band leader do Brasov. - Na verdade, procuramos os sons das várias Américas Latinas do mundo.

Então, hola, bienvenido a Tuktoyaktuk, cidade fictícia [apesar de existir em algum lugar do Canadá - parece confuso?] que o Brasov leva a cada lugar onde apresenta o show de seu CD de estréia, "Uma noite em Tuktoyaktuk" (Dubas / Universal).


Tem sido assim desde que a banda surgiu, em 1998. Na época, chamaram atenção por seus uniformes de porteiro, música alegre e postura performática - cantavam o tema de "Chips" sentados em bicicletas ergométricas, por exemplo. Depois de quatro anos parados, voltaram mais contidos, mas ainda se permitem coreografias sem muita sincronia e uma inabalável (e engraçadíssima) expressão séria no rosto.


O show do Brasov também é basicamente instrumental. Entre as cantadas, duas do repertório do Rei ("O show já terminou" e "Falando sério") e uma versão disco de "Masculino e feminino", de Pepeu Gomes.


- A música brega é libertadora - acredita Felipe. - Mas não fazemos piada quando tocamos Roberto ou Pepeu. Se a platéia acha graça, é por conta dela.


Ou seja: é engraçado sim, mas sem apelo de riso fácil. Há espaço até para implicações políticas.


- De certa forma a roupa de porteiro tinha algo de posicionamento político - explica o músico. - E somos políticos, sobretudo, ao propormos uma nova escuta, um novo olhar sobre um som que normalmente é visto de um modo predefinido. Mas fazemos música principalmente para nos divertirmos.


Diversão e política. Parece confuso? Não deveria.”


Por Leonardo Lichote


Os integrantes


Daniel Vasques (saxofone) é técnico. Técnico de gravação no estúdio Tenda da Raposa e técnico da seleção brasileira de futebol americano (!). Também, é saxofonista da banda de rockabilly Canastra. Ricardo Dias Gomes (teclado) é o baixista da banda Cê, de Caetano Veloso, da banda de Nina Becker e do grupo Do Amor. Fabiano Krieger (guitarra) compõe trilhas sonoras e Toca com Edu Krieger e Silvia Machete. Felipe Rocha (trompete) autor de trilhas sonoras, é ator e autor de teatro; Rafael Rocha (bateria e percussão) toca com Adriana Calcanhoto e é compositor e vocalista da banda Tono. Também é ator, protagonizou o longa-metragem “1972”, de José Hemílio Rondeau. Lucas Marcier (baixo) é produtor de discos (Edu Krieger, Os Outros, Brasov, Michel Melamed, etc.) e trilhas sonoras para cinema, teatro e televisão, sócio do estúdio Arpx. Raphael Miranda (bateria e percussão) é baterista da banda de Heavy Metal Sayowa, com a qual excursiona pelo mundo, dividindo o palco com os maiores grupos de rock pauleira da paróquia.


O disco




Abre com “Gonzalito Airlines”, próximo do samba-jazz dos anos 60, traz à lembrança os órgãos de Waldir Calmon, Walter Wanderley e Ed. Lincoln; segue com “Burkan Coccek”, da Koccani Orkestar, banda cigana tradicional da Macedônia; “Melô do sacudo”, espécie de rock eslavo animado à beça; “Bongo Furioso”, de influência cubana; “Super Trunfo”, digamos um bolero à 90km/h; “Kalasjnikov” do sérvio/croata Goran Bregovic, música da trilha do filme “Underground” de Emir Kustururica; “O homem-objeto”, trilha pra um filme de ação dos anos setenta que misturasse James Bond, os Trapalhões e Roberto Carlos; “Resgate em Honduras”, música tema do filme homônimo que nunca existiu; “Dona Mathilde”, uma das poucas músicas do disco com letra, canção ácida sobre uma relação possessiva; “Alzira, porque não possui it, please?”, um bolero?; “Dorogoj Dlinnoju”, música tradicional do leste europeu que animava nossas tardes de domingo, durante o programa de Silvio Santos; e “Morangos Silvestres”, que fala das saudades da nossa Romênia natal.





www.myspace.com/sitiobrasov